Distant Shores
Signs of
Earth come to my ears, I hear you singing
a different
song from those I am used to sing along
and all
I needed, it seems, was just that song
that the
warm and distant winds insist on bringing
Please,
keep on singing this tender lullaby...
These
songs from distant shores could make me cry
but I
still need some tears to erase my sorrow...
I would
keep on asking the winds about my life
but their
could answers could hurt me as a knife
and some
pale stars beg me to wait for tomorrow...
(a poem to a poet...)
Robertson Frizero Barros
Scriptum
Não
sei se a praia ainda existe
mas teimo
em procurá-la,
aquela
praia, onde os sonhos eram mais profundos
e as miragens
mais reais.
Já
não vejo essas miragens
nem os
sonhos de vento e mar,
mas a
saudade salgada
entranha-se
no meu corpo.
O mar hoje
está mais azul
reflecte
o céu que o acompanha,
não
o tenho, mas sinto-o,
abraço-o
e choro com ele.
Procuro-o
dentro de mim
e encontro-o,
em memórias distantes
rasas
de lágrimas
e plenas
de solidão.
Na minha
essência há mar
areias
de paixão,
ondas
que vão e que vêm
e saudades
que insistem em ficar.
A minha
praia partiu,
mas ainda
sinto o vento,
que soprava
ao fim da tarde
e que
trazia de volta a alma dos que perdi.
Levanto-me
do túmulo, onde repouso
e embarco
para outro lugar,
por um
caminho estreito e confuso
consumido
pelo tempo.
Não
sei se as águas calmas estão próximas,
apenas
procuro o mar revolto
e a névoa
da manhã,
por quem
me enamorei desde cedo.
Quero sentir
o silêncio das vozes
quero
a saudade que repousa no mar,
estranho
sentir, este que trago no peito
estranha
saudade, esta que guardo em mim.
Sergio Freitas